MB Review: Shigurui – Frenesi da Morte #1
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Conhecendo a obra
Shigurui nunca foi um completo desconhecido do público mais aficionado por animes no Brasil, muito por conta da sua animação de 12 episódios produzida em 2007 pelo estúdio MadHouse. Mesmo que o anime tenha sido bem recebido, a adaptação não faz jus à qualidade – e brutalidade – do mangá, que foi publicado no Japão entre 2003 e 2010 e finalizado com 15 volumes.


Finalmente a obra dá as caras no Brasil pela editora Pipoca & Nanquim. A edição nacional será completa em 10 volumes, e é, até então, a maior série contínua da editora. A trama de Shigurui foi baseada no romance “Suruga-jo Gozen Jiai”, de Norio Nanjou. A partir do conto, Takayuki Yamaguchi adaptou e desenvolveu o roteiro no formato de quadrinhos.
A história
A história se passa no período Edo, quando Tadanada Tokugawa, filho do Shogun, ordena que um torneio entre espadachins, que antes era realizado com espadas de madeira, seja feito com espadas reais. Tadanaga existiu e ficou conhecido por sua brutalidade. A partir disso, acompanhamos a trama do pelo ponto de vista dos combatentes Irako Seigen e Fujiki Gennosuke. Logo na sequência, o roteiro volta ao passado para explicar a sequência de fatos que levaram um certo samurai sem um dos braços, e um guerreiro cego, a se enfrentarem no já citado torneio.


Atmosfera brutal
Shigurui tem uma atmosfera intimidadora. Sinto que os personagens são detestáveis e maníacos. Se por um lado temos vários mangás que retratam e idealizam esse período do Japão, aqui é o contrário, causando a impressão que a sociedade japonesa da época era brutal, onde os poderosos e fortes tratavam aqueles considerados “inferiores” como lixo descartável.
Uma arte chocante
Uma das marcas registradas da HQ é a brutalidade. O autor desenha o corpo humano de uma forma impressionante, dando destaque aos músculos e órgãos internos. Evidentemente, isso traz cenas com grande impacto durante as batalhas.


Vale a pena?
Não é exagero dizer que Shigurui já é um dos melhores mangás de samurai que temos no Brasil. Esse primeiro volume nos dá um “gostinho” do que está por vir. Uma boa forma de definir a obra é: Lobo Solitário encontra Berserk e Baki.


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