MB Review: PTSD Radio #2
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Narrativas curtas que se entrelaçam em uma trama maior
Assim como o primeiro volume, PTSD Radio mescla capítulos curtos com outros mais longos, com histórias que continuam entre si ou fazem conexões tardias. Vale mencionar que algumas narrativas iniciadas no primeiro volume retornam, como a dos três garotos que abrem uma caixa proibida e agora precisam lidar com as consequências de seus atos.


Seguindo a mesma proposta, é possível notar um certo padrão de continuidade pelos nomes dos capítulos, que são frequências de rádio. Ao tentar organizá-los em uma ordem cronológica, a experiência se torna ainda mais interessante, principalmente ao reler o primeiro volume em conjunto.
Situações do dia a dia despertam identificação no leitor
Neste segundo volume, o autor eleva o nível de bizarrice dos cenários e explora situações mais cotidianas, especialmente nos capítulos curtos. Isso cria maior identificação com o leitor, que pode se lembrar de momentos da vida real, como estar em um local escuro, ouvir barulhos estranhos à noite ou sentir um mal-estar ao ficar sozinho.


Desenhos que transformam tensão em arrepios
A arte de Masaaki Nakayama continua sendo um deleite para os fãs de terror. O autor presenteia o leitor com ilustrações impressionantes de criaturas grotescas e constrói com precisão o clímax dos momentos de susto, utilizando a tensão de forma eficaz. É nesse ponto que a imaginação do autor realmente brilha.


A edição brasileira
A edição da Pipoca & Nanquim mantém o padrão da editora: capa cartão com sobrecapa, marcador de página como brinde e miolo em papel pólen bold, colado e costurado. Vale mencionar que a edição brasileira reúne dois volumes em um só, finalizando a obra em um total de três volumes. Assim como nas edições originais, o volume 2 não conta com páginas coloridas.


Vale a pena?
PTSD Radio entrega um excelente segundo volume, dando continuidade à proposta diferenciada de contar histórias que, mesmo parecendo desconexas, costuram uma trama maior ao fundo, sem comprometer a experiência de leitura individual. A expectativa para o terceiro volume só aumenta, especialmente ao saber que o autor abandonou a obra por conta de experiências reais. Recomendado para fãs de terror.
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