MB Review: Lili-men #1
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Uma sociedade doente disfarçada de cura
Em Lili-Men, acompanhamos Nito, um garoto internado em um hospital aparentemente especializado em reabilitar jovens para a vida em sociedade. Ali, os pacientes passam por rigorosos testes de aptidão social com o objetivo de retornar ao “mundo real”. Enquanto a maioria de seus colegas consegue ser aprovada e se prepara para deixar o local, Nito continua fracassando nos exames — mesmo sendo extremamente dedicado.
O hospital que esconde um segredo monstruoso
O que parecia ser um centro de recuperação logo revela sua verdadeira natureza: o hospital é, na verdade, uma incubadora usada para desenvolver ovos de súcubos dentro de corpos humanos. Nito, sem saber, fazia parte de um experimento bizarro. Com a ajuda de seus antigos amigos e um despertar inesperado de poderes ligados a esses seres, ele mergulha em uma nova realidade distorcida.
Um mundo externo ainda mais cruel
Após ser capturado pelo Departamento de Segurança Pública, Nito é exposto ao que realmente acontece fora dos muros do hospital. A verdade é brutal e desiludida. No entanto, o momento mais impactante surge com o confronto entre ele e Dresser, um súcubo poderoso que desafia sua recém-descoberta força. Agora, Nito precisa decidir se vai lutar por seus próprios sonhos — e pelos sonhos interrompidos de seus amigos.
Uma tentativa genérica de misturar influências
Lili-Men tenta beber da fonte de títulos populares como Chainsaw Man e Jagaaan, mas acaba tropeçando em sua própria narrativa. A trama parece apressada e rasa, apostando em reviravoltas que não geram o impacto esperado. Embora a premissa tenha potencial, a execução deixa a desejar, sem profundidade emocional ou inovação real.
A arte entre acertos e falhas
Takuma Tokashiki entrega uma arte mediana, com algumas boas composições pontuais. No entanto, o uso excessivo de CGI em diversas páginas é perceptível e quebra a imersão. A estética da obra carece de identidade visual forte, o que prejudica ainda mais a construção do seu universo.
Edição da Panini segue o padrão da editora
A publicação brasileira segue o padrão da Panini, com acabamento simples, mas funcional. Como atrativos extras, o volume acompanha um marcador de páginas e um adesivo — brindes que agradam aos colecionadores, mas não compensam os problemas da obra.
Uma estreia esquecível
Em um ano repleto de grandes lançamentos pela Panini, Lili-Men acaba se perdendo entre as opções mais interessantes do catálogo. Com roteiro genérico e arte inconsistente, a obra dificilmente conquistará espaço entre os leitores mais exigentes. Ideal apenas para quem busca algo diferente, sem muitas expectativas.
Dados da Obra
- Título: Lili-Men Vol. 1
- Autor: Takuma Tokashiki
- Publicação original: Lili-men (リリメン), 2021
- Editora original: Hakusensha (Japão)
- Publicação no Brasil: Panini
- Ano da edição brasileira: 2025
- Número de volumes: 3 (obra completa)
- Número de páginas (Vol. 1): 192
- Formato: 13,7 x 20 cm, capa cartonada
- Classificação indicativa: 18+
- Brindes: Marcador de páginas e adesivo
- Gênero: Ação, sobrenatural, horror, seinen
- Preço: R$ 44,90
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