Aos 12 anos, Marko sofreu um acidente inusitado: foi atingido por um raio e perdeu a consciência temporariamente. Durante esse breve período desacordado, o garoto sonhou com um ser alienígena misterioso que prometia buscá-lo em dez anos. O tempo passou, Marko concluiu a faculdade e decidiu viajar pelo mundo ao lado de uma pessoa importante. No entanto, no dia fatídico, o extraordinário acontece e ele é teletransportado para um lugar completamente desconhecido.
Em poucas páginas, descobrimos que Marko foi parar no Planeta Mosli, a sede da Administração do Fim do Universo. Junto ao protagonista, passamos a desvendar o funcionamento dessa organização. A partir daí, embarcamos em uma ficção científica divertida e bem-humorada, que apresenta personagens cativantes como o Diretor, cuja figura remete imediatamente ao professor de Assassination Classroom.
A obra entrega uma deliciosa sensação de nostalgia ao explorar diferentes mundos. A diversidade de raças alienígenas apresentada abre um leque de possibilidades, tornando o universo rico e fascinante. Conforme os capítulos avançam, mergulhamos no passado de Marko, revelando gradualmente os segredos do acidente familiar que mudou sua vida. Contudo, não espere uma ação frenética ou combates épicos; a narrativa opta por uma abordagem mais contemplativa e serena.
A arte de Menota possui um charme inexplicável. A diagramação das páginas, repleta de explicações visuais detalhadas, instiga a curiosidade sobre a fauna, a flora e a tecnologia dos novos planetas. O design dos personagens, por sua vez, evoca sutilmente o estilo de Dungeon Meshi.
A edição da Baú Editora chega com um acabamento caprichado: capa cartão com sobrecapa, miolo em papel offset e brindes como marcador de páginas e postal.
Correspondência do Fim do Universo é mais um lançamento diferenciado da Baú, que acerta ao explorar temáticas fora do comum e enriquecer o mercado editorial com novas e divertidas possibilidades. Recomendado.
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