MB Review: Battle Royale #4

5 de março de 2025 Erick Willians

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Tempo de Leitura 3 minutos

Caso queira acompanhar segue os reviews do Volume 1, Volume 2 e Volume 3

A Loucura Após o Banquete

O volume abre com a continuação da cena do massacre no refeitório das meninas, uma das passagens mais grotescas e angustiantes de toda a série.
Shuya Nanahara encontra o local coberto de sangue e é confrontado por Yuko Sasaki, a única sobrevivente, que está completamente abalada emocionalmente.

Através de flashbacks, conhecemos parte do passado de Yuko, que ajuda a construir seu colapso mental — mais um exemplo do modo como Battle Royale trabalha com o esgotamento emocional de seus personagens. Shuya tenta convencê-la de que ela está interpretando os acontecimentos de maneira equivocada, em uma cena de altíssima carga psicológica.

Uma Pausa Reflexiva e Subjetiva

Mesmo diante da tensão crescente, o mangá desacelera brevemente para nos oferecer uma retrospectiva subjetiva dos principais eventos. Um recurso inteligente que aprofunda o impacto emocional e psicológico da trajetória vivida até aqui.

A Melhor Luta da Série: Hiroki vs. Kiriyama

Voltamos ao núcleo de Hiroki Sugimura, que acaba de sofrer uma perda emocional devastadora. Pouco depois, encontra uma sobrevivente, o que muda sua rota. É então que somos conduzidos para uma das melhores batalhas da série, protagonizada por Hiroki contra o temido Kazuo Kiriyama.

A luta é uma verdadeira montanha-russa emocional. Quando tudo parece perdido, surge uma fagulha de esperança — apenas para ser esmagada novamente na página seguinte. O roteiro brinca com as emoções do leitor de forma cruel, mas absolutamente eficaz.
É o tipo de combate que marca o leitor para sempre.

Cercados Pelo Fim

Como penúltimo volume, Battle Royale Vol. 4 começa a fechar o cerco. Restam poucos personagens, e cada decisão ganha um peso maior.
O volume cria o clima ideal para o encerramento, instigando o leitor a imaginar como essa experiência insana pode terminar.

Impacto Visual e Emoção à Flor da Pele

Mais uma vez, Masayuki Taguchi impressiona com sua arte crua, expressiva e intensa.
A representação visual do desespero, da luta pela sobrevivência e da insanidade crescente se faz presente em cada página. O artista se supera nas sequências de ação e nas expressões faciais, principalmente nos momentos de colapso mental.

Edição Física: Uma Obra-Prima da Pipoca & Nanquim

A edição brasileira do volume 4 segue os altos padrões da Pipoca & Nanquim, com:

Qualidade superior a todas as edições anteriores publicadas no Brasil.
Capa dura texturizada e sobrecapa,
Cards colecionáveis e marcador de brinde,
Padrão gráfico com cores alternadas entre volumes pares e ímpares,
Equivalência de 3 volumes japoneses por edição brasileira, reduzindo o total para 5 volumes,