Novidades sobre negociações envolvendo a Panini

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Novas informações surgiram após a divulgação de que o Grupo Panini contratou o banco Citi para explorar opções estratégicas. A notícia foi publicada pelo jornal italiano Il Sole 24 Ore e confirmada pela agência Reuters.
Procurados pela Reuters, tanto a Panini quanto o Citi recusaram-se a comentar o assunto.
O debate, neste momento, tem sido concentrado no negócio de cards colecionáveis da empresa, seu segmento mais rentável mundialmente. Sem menções diretas a outras áreas, como HQs e licenças ligadas a este mercado.

DEBATE EM TORNO DOS COLECIONÁVEIS

O site norte-americano Collectibles on Sports Illustrated afirmou ter fontes dentro da Fanatics — empresa mencionada pelo Il Sole 24 Ore como possível interessada na Panini, por meio da Topps — que negam qualquer intenção de compra.
O portal cllct também afirmou que suas fontes na Fanatics descartam o interesse, alegando que uma negociação entre as empresas não faria sentido, especialmente considerando o histórico de tentativas frustradas e o atual embate judicial entre elas.

A DISPUTA PELOS DIREITOS DOS CARDS
No final de 2021, a Fanatics adquiriu os direitos exclusivos de produção de cards licenciados da NBA e da NFL, válidos a partir de 2025 e 2026, respectivamente. Na época, a empresa chegou a oferecer US$ 2 bilhões à Panini pelos contratos restantes — incluindo os últimos anos de licenciamento dessas ligas — mas o negócio não foi concretizado.
Em janeiro de 2022, a Fanatics comprou o negócio de cards colecionáveis da Topps e passou a contratar diversos profissionais do setor, incluindo ex-funcionários da Panini. Esse movimento, entre outras ações, levou a Panini a processar a Fanatics por supostas violações antitruste, alegando que a rival estaria criando um monopólio no mercado de cards colecionáveis.

A BATALHA JUDICIAL E SEUS DESDOBRAMENTOS


Além da perda de funcionários estratégicos, a Panini também acusa a Fanatics de ter adquirido uma impressora considerada essencial para sua produção, o que teria prejudicado suas operações.
Em resposta, a Fanatics entrou com uma ação judicial contra a Panini, alegando interferência indevida em seus contratos de trabalho. Os processos foram consolidados sob um único juiz e estão atualmente em fase de instrução, com datas de julgamento previstas apenas para 2027 ou até mesmo 2028.
Embora não haja impedimento legal para que as empresas negociem um acordo durante o processo judicial, a Panini pode acabar enfraquecendo sua própria argumentação. Afinal, se a empresa alega que a Fanatics criou um monopólio, mas está disposta a vender seu negócio de cards — ou mais — pelo preço certo, isso pode comprometer sua posição jurídica.

O QUE ESTÁ EM JOGO


A Fanatics já iniciou a produção de cards da NBA, e as licenças da NFL serão transferidas no próximo ano. A Panini ainda detém os direitos de ligas e entidades como FIFA, WNBA, NASCAR, La Liga, Ligue 1, Serie A e LIV Golf, entre outras.
No entanto, a Fanatics pode simplesmente aguardar o fim desses contratos e negociar seus próprios acordos diretamente com as organizações envolvidas.

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