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MB Review: Mazinger Z #3

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Após quase um ano em publicação, Mazinger Z, uma das primeiras grandes obras de Go Nagai, chega ao fim no Brasil com uma conclusão épica. 

Neste volume finalmente temos o desfecho da incansável luta do Dr. Hell contra Kouji Kabuto, Mazinger Z e seus aliados. Continuamos com a sequência de combates, onde em cada capítulo os heróis da trama enfrentam um novo inimigo. Contudo, nessa conclusão, as batalhas tomam uma proporção ainda maior, com o próprio Barão Ashura entrando na luta com um robô em determinado momento.

O Arquiduque Gorgon, outro vilão extremamente bizarro cujo corpo é um tigre, se une a Barão Ashura, Conde Brocken e Dr. Hell para lançarem a ofensiva final. O que rende lutas muito legais! E reparem nos nomes dos vilões, que são muito bregas. E é aí que eu acho que está o charme da obra. Mazinger Z foi um dos pioneiros no gênero mecha, mas nem o autor leva a obra muito a sério em certos momentos. Eu penso que essa “cafonice” toda é um dos principais atrativos do mangá. 

Por mais que eu goste, acredito que o mangá encerrou no momento ideal, pois já estava começando a ficar repetitivo. Muito por conta de sua estrutura, mas entendo também que o ritmo e os padrões da época eram outros, e esse formato de “monstro da semana” era o que fazia sucesso.

A arte de um modo geral está melhor que no volume anterior, mas é importante ressaltar que algumas páginas, principalmente no final do volume, foram redesenhadas pelo autor e não são originais dos anos de 1970. Outra coisa interessante é o design de alguns mechas. Enquanto muitos são ridículos, outros são imponentes, principalmente aqueles que são os inimigos finais, e conseguem transmitir uma grande sensação de perigo.

Ver Mazinger Z no Brasil é muito satisfatório. Não apenas por ser a obra de um autor clássico, mas por ser um mangá muito importante que inspirou, direta e indiretamente, muitas coisas que vemos até hoje. É uma obra histórica. Ainda assim, não indico a obra para todos. Se você gosta de mangás antigos ou é fã do Go Nagai e de robôs gigantes, pode ir sem medo. É uma coleção curta e muito divertida. Mas ao ler, é necessário ter em mente que é um mangá com mais de 50 anos. O mundo mudou desde então e algumas piadas podem parecer fora de lugar.

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