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Yusaku Maeyamada é um trabalhador exemplar de 40 anos que segue à risca sua rotina diária e se inspira em frases de grandes empresários do mercado japonês. Sua vida muda completamente no dia em que uma das filiais da empresa em que trabalha deixa de responder à sede — e a resposta vem da pior maneira possível: uma epidemia está transformando as pessoas em zumbis, colocando em risco a vida de todos.
Agora, Maeyamada e seus colegas de trabalho precisam encontrar uma forma de sobreviver e descobrir o que realmente está acontecendo ao redor do mundo.
O primeiro volume de Salaryman Z constrói tão bem o mundo corporativo em que Maeyamada vive que, por um momento, temos a impressão de estar lendo um mangá sobre o mercado de negócios japonês. Essa imersão muda drasticamente quando, ao final do primeiro capítulo, o horror é introduzido de maneira impactante, criando um contraste narrativo excelente.
Apesar da introdução de elementos tão distintos, a narrativa não perde seu tom corporativo — e esse é seu maior diferencial em relação a outras obras do gênero. Tudo é tratado como negócios e regras empresariais, principalmente pelo protagonista, o que traz uma abordagem única e curiosamente racional a um mundo pós-apocalíptico.
A arte de Ten Ishida apresenta uma consistência notável e se destaca especialmente nas cenas em que os zumbis aparecem, principalmente na parte final do volume, quando a ação passa a dominar a narrativa.
A edição da Panini segue o padrão de qualidade já conhecido das demais publicações da editora. Assim como em outros lançamentos recentes, o primeiro volume acompanha brindes, como um marcador de páginas e um adesivo para o diário de leitura.
O primeiro volume de Salaryman Z apresenta uma temática já bastante explorada, mas se destaca ao construí-la de forma diferenciada, apostando em um protagonista excêntrico e em uma sólida base narrativa que promete boas surpresas nos próximos volumes.
Recomendado para quem gosta do gênero e busca algo fora do comum.
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