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MB Review: Fênix #4

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Tempo de Leitura 2 minutos

Confira o review do volume anterior

De início, temos a conclusão do Arco da Saudade, que se iniciou no volume anterior e trata da história de uma casal de humanos que emigrou para um planeta vazio e se tornaram Adão e Eva daquele lugar. Mas o sonho da “Eva” em questão era um dia poder retornar à Terra. A conclusão é satisfatória e igualmente trágica. 

Na sequência, temos o grande conto desse volume: o Arco da Era Turbulenta, que é quase um Romeu e Julieta que se passa  no Japão do Século XII, durante um dos vários períodos de guerra no país. Acompanhamos um casal do interior: Benta e Obu. Benta é um lenhador que não é muito inteligente, é constantemente ironizado por sua aparência mas possui um bom coração e uma enorme força física. Já Obu é conhecida pela sua beleza e simplicidade. Certo dia ela é sequestrada e forçada a viver como se fosse membro da realeza, o que deixa Benta furioso e faz com que ele inicie sua busca pela amada.

Na maior parte do tempo, acompanhamos o desenrolar da trama por meio de Benta, mas há também uma boa parte do volume onde a vida de Obu é o foco. Algo que me chamou a atenção, é que Tezuka utiliza o personagem para recriar a lenda do monge Benkei, que ficava em uma ponte desafiando os samurais que por ali passavam e colecionava as espadas dos oponentes derrotados. Ele aparece em várias obras como jogos, mangás e livros. 

No decorrer do volume, o personagem integra um grupo de samurais, mesmo contra sua vontade, pois acreditava que aquilo o colocaria mais perto do objetivo de encontrar sua amada. Infelizmente, nem tudo é tão simples e tristes reviravoltas acontecem no caminho.

Tezuka volta com um estilo um mais cartunesco e mistura situações sérias com algumas piadas pontuais, algo que não vinha acontecendo nos últimos arcos. Não é um problema, foi apenas uma escolha do autor, que continua entregando uma história bem amarrada, interessante e com um final genial. Tenho dito há algum tempo e irei repetir: Fênix é uma das melhores obras que já tivemos no Brasil. Se você gosta de mangá, independente de gênero e demografia, dê uma chance. Há coisas que transcendem rótulos e classificações e esse mangá é uma delas.

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