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MB Review: Die! Die! My Darling! (1965)

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Tempo de Leitura 3 minutos

O Enredo

Patricia Carroll é uma jovem americana que viaja para Londres para se casar com seu namorado, Alan Glentower. Lá, decide visitar a Sra. Trefoile, mãe de seu falecido ex-noivo, com a intenção de prestar condolências. Ao chegar, porém, Patricia descobre que a dor da Sra. Trefoile pela perda do filho a transformou em uma sociopata.


A Produção e Direção

Produzido pelo lendário estúdio Hammer Film, responsável por inúmeras obras de terror — incluindo as icônicas séries sobre Drácula, Frankenstein e a Múmia —, Die! Die! My Darling! (lançado no Brasil como “Fanatismo Macabro”) é um filme de 1965 dirigido por Silvio Narizzano em sua estreia no comando de um longa-metragem.

Apesar de ser seu primeiro trabalho na função, Narizzano demonstra um excelente domínio técnico, especialmente nas cenas de horror, onde a iluminação muda de forma estratégica, realçando as expressões faciais em close-up. Outro grande acerto é evitar o uso de jumpscares baratos — um dos maiores vícios dos filmes de terror modernos.

O roteiro aposta na construção de clima e tensão, entregando exatamente o que uma obra do gênero precisa. Ainda que, em alguns momentos, opte por soluções mais simples, consegue manter o interesse do público. O único ponto fraco é a trilha sonora, que em certos trechos remete a desenhos animados e destoa do tom sombrio da narrativa.


O Elenco e Atuações

O grande destaque é a icônica Tallulah Bankhead em sua última performance no cinema. Ela interpreta a Sra. Trefoile, uma fanática religiosa que, perturbada por seus próprios delírios, decide aprisionar a noiva de seu falecido filho como forma de vingança pela morte trágica do primogênito. Tallulah entrega uma verdadeira aula de atuação, sendo memorável a cena em que segura uma arma enquanto lê a Bíblia — uma imagem perturbadora e atemporal, que provoca reflexões ainda hoje.

Também merece menção Stefanie Powers, a eterna Jennifer Hart da série de TV Casal 20 (Hart to Hart). Ela vive Patricia Carroll, personagem que enfrenta torturas físicas e psicológicas, transmitindo ao espectador todo o desespero e a tensão de sua situação.


Vale a pena?

Die! Die! My Darling! é um exemplo do horror sessentista que envelheceu como um bom vinho. Sua temática sobre o fanatismo religioso continua tão atual quanto na época de seu lançamento. Uma obra assombrosa, intensa e indispensável para fãs do gênero — um filme que vale cada minuto de tela.

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