MB Review: Apocalypse Bringer Mynoghra
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Estratégia Sombria em um Isekai com Gosto de Quero Mais
Em meio ao mar de animes isekai que surgem a cada temporada, Apocalypse Bringer Mynoghra tenta se destacar com uma proposta ousada: unir fantasia sombria com mecânicas de jogos de estratégia em tempo real. Inspirado em títulos como Starcraft e Age of Empires, o anime nos apresenta um protagonista que, após uma vida marcada pela doença e isolamento, desperta em um mundo onde suas habilidades como jogador são sua única arma. Com base em uma light novel e mangá de mesmo nome, a série promete uma jornada de conquista e ruína — mas será que entrega tudo o que promete?

O jogo agora é a sua vida
Em Apocalypse Bringer Mynoghra: World Conquest Starts with the Civilization of Ruin, acompanhamos Takuto Ira, um jovem que passou a maior parte da vida hospitalizado, sem experiências reais. Sua única válvula de escape era o jogo de estratégia Eternal Nations, onde liderava impérios e dominava o ranking. Após perder a consciência, Takuto desperta no continente de Idoragya, um mundo idêntico ao do jogo. Lá, encontra sua unidade favorita, Sludge Atou, e decide fundar o império maligno Mynoghra, dando início a uma jornada de conquista e sobrevivência.
A narrativa se desenrola como um misto de isekai com simulação estratégica, onde Takuto precisa aplicar seus conhecimentos de jogo para lidar com diplomacia, batalhas e construção de civilização — tudo isso enquanto lida com sua nova realidade como “lorde do mal”.
Origem do Título e Mídias
O título original em japonês é Isekai Mokushiroku Mainogūra ~ Hametsu no Bunmei de Hajimeru Sekai Seifuku ~, que pode ser traduzido como “Apocalipse Isekai Mynoghra – Conquista Mundial com a Civilização da Ruína”. A obra nasceu como uma light novel escrita por Fehu Kazuno, com ilustrações de Jun, e posteriormente ganhou adaptação para mangá e anime.

Estreia e Episódios
O anime estreou em 6 de julho de 2025 e foi exibido até 28 de setembro de 2025, totalizando 13 episódios. A produção é do estúdio Maho Film, com direção de Yūji Yanase, e está disponível no Brasil via Crunchyroll.
Estratégia e Narrativa: Entre Starcraft e Dragon Quest
A proposta de unir elementos de jogos como Starcraft, Age of Empires, Final Fantasy e Dragon Quest é instigante. O mundo de Mynoghra é construído com base em decisões estratégicas, como alocação de recursos, diplomacia e batalhas táticas. No entanto, o anime falha em explorar profundamente o drama pessoal de Takuto, que poderia ser um ponto emocional forte — afinal, ele nunca viveu fora de um hospital.
Os plot twists são escassos, e embora os personagens secundários tenham camadas interessantes, faltou tempo e desenvolvimento para que brilhassem. As batalhas são violentas, mas não chegam a ser viscerais, mantendo um tom mais contido.

Animação e Expectativas
A qualidade da animação é mediana, com momentos bem dirigidos, mas sem grandes destaques visuais. A trilha sonora cumpre seu papel, com abertura por Rico Sasaki e encerramento por Takuma Terashima.
O maior problema está na falta de encerramento da história. Muitos arcos ficam em aberto, e a sensação é de que a série não terá fôlego para uma segunda temporada. Ainda assim, há um certo charme em acompanhar o desfecho dessas pontas soltas, caso venha a acontecer.
Dados Técnicos
Item | Detalhes |
---|---|
Título Original | 異世界黙示録マイノグーラ ~破滅の文明で始める世界征服~ |
Título em Inglês | Apocalypse Bringer Mynoghra: World Conquest Starts with the Civilization of Ruin |
Autor (Light Novel) | Fehu Kazuno |
Ilustrador | Jun |
Estúdio de Animação | Maho Film |
Direção | Yūji Yanase |
Estreia | 6 de julho de 2025 |
Episódios | 13 |
Gêneros | Aventura, Fantasia, Isekai, Estratégia |
Plataforma de Streaming | Crunchyroll |

E ai? Vale a pena assistir?
Apocalypse Bringer Mynoghra é uma obra que flerta com o potencial, mas tropeça na execução. A premissa é rica, os elementos de estratégia são bem aplicados, e há personagens com camadas interessantes. No entanto, a falta de desenvolvimento emocional, a animação mediana e os muitos arcos abertos deixam a sensação de que o anime precisava de mais tempo para florescer. Não é memorável, mas também não é descartável — e mesmo com suas falhas, deixa aquele gosto de “quero mais”. Se houver uma segunda temporada, estarei curioso para ver onde essas pontas soltas vão nos levar.