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MB Review: Apocalypse Bringer Mynoghra

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Tempo de Leitura 3 minutos

Estratégia Sombria em um Isekai com Gosto de Quero Mais

Em meio ao mar de animes isekai que surgem a cada temporada, Apocalypse Bringer Mynoghra tenta se destacar com uma proposta ousada: unir fantasia sombria com mecânicas de jogos de estratégia em tempo real. Inspirado em títulos como Starcraft e Age of Empires, o anime nos apresenta um protagonista que, após uma vida marcada pela doença e isolamento, desperta em um mundo onde suas habilidades como jogador são sua única arma. Com base em uma light novel e mangá de mesmo nome, a série promete uma jornada de conquista e ruína — mas será que entrega tudo o que promete?


O jogo agora é a sua vida

Em Apocalypse Bringer Mynoghra: World Conquest Starts with the Civilization of Ruin, acompanhamos Takuto Ira, um jovem que passou a maior parte da vida hospitalizado, sem experiências reais. Sua única válvula de escape era o jogo de estratégia Eternal Nations, onde liderava impérios e dominava o ranking. Após perder a consciência, Takuto desperta no continente de Idoragya, um mundo idêntico ao do jogo. Lá, encontra sua unidade favorita, Sludge Atou, e decide fundar o império maligno Mynoghra, dando início a uma jornada de conquista e sobrevivência.

A narrativa se desenrola como um misto de isekai com simulação estratégica, onde Takuto precisa aplicar seus conhecimentos de jogo para lidar com diplomacia, batalhas e construção de civilização — tudo isso enquanto lida com sua nova realidade como “lorde do mal”.


Origem do Título e Mídias

O título original em japonês é Isekai Mokushiroku Mainogūra ~ Hametsu no Bunmei de Hajimeru Sekai Seifuku ~, que pode ser traduzido como “Apocalipse Isekai Mynoghra – Conquista Mundial com a Civilização da Ruína”. A obra nasceu como uma light novel escrita por Fehu Kazuno, com ilustrações de Jun, e posteriormente ganhou adaptação para mangá e anime.


Estreia e Episódios

O anime estreou em 6 de julho de 2025 e foi exibido até 28 de setembro de 2025, totalizando 13 episódios. A produção é do estúdio Maho Film, com direção de Yūji Yanase, e está disponível no Brasil via Crunchyroll.


Estratégia e Narrativa: Entre Starcraft e Dragon Quest

A proposta de unir elementos de jogos como Starcraft, Age of Empires, Final Fantasy e Dragon Quest é instigante. O mundo de Mynoghra é construído com base em decisões estratégicas, como alocação de recursos, diplomacia e batalhas táticas. No entanto, o anime falha em explorar profundamente o drama pessoal de Takuto, que poderia ser um ponto emocional forte — afinal, ele nunca viveu fora de um hospital.

Os plot twists são escassos, e embora os personagens secundários tenham camadas interessantes, faltou tempo e desenvolvimento para que brilhassem. As batalhas são violentas, mas não chegam a ser viscerais, mantendo um tom mais contido.


Animação e Expectativas

A qualidade da animação é mediana, com momentos bem dirigidos, mas sem grandes destaques visuais. A trilha sonora cumpre seu papel, com abertura por Rico Sasaki e encerramento por Takuma Terashima.

O maior problema está na falta de encerramento da história. Muitos arcos ficam em aberto, e a sensação é de que a série não terá fôlego para uma segunda temporada. Ainda assim, há um certo charme em acompanhar o desfecho dessas pontas soltas, caso venha a acontecer.


Dados Técnicos

ItemDetalhes
Título Original異世界黙示録マイノグーラ ~破滅の文明で始める世界征服~
Título em InglêsApocalypse Bringer Mynoghra: World Conquest Starts with the Civilization of Ruin
Autor (Light Novel)Fehu Kazuno
IlustradorJun
Estúdio de AnimaçãoMaho Film
DireçãoYūji Yanase
Estreia6 de julho de 2025
Episódios13
GênerosAventura, Fantasia, Isekai, Estratégia
Plataforma de StreamingCrunchyroll

    E ai? Vale a pena assistir?

    Apocalypse Bringer Mynoghra é uma obra que flerta com o potencial, mas tropeça na execução. A premissa é rica, os elementos de estratégia são bem aplicados, e há personagens com camadas interessantes. No entanto, a falta de desenvolvimento emocional, a animação mediana e os muitos arcos abertos deixam a sensação de que o anime precisava de mais tempo para florescer. Não é memorável, mas também não é descartável — e mesmo com suas falhas, deixa aquele gosto de “quero mais”. Se houver uma segunda temporada, estarei curioso para ver onde essas pontas soltas vão nos levar.

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