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Em uma penitenciária feminina, há um salão de beleza onde as detentas qualificadas podem cortar o cabelo de visitantes para conquistar uma licença profissional enquanto cumprem suas penas. É com essa premissa que conhecemos Haru Komatsubara, uma habilidosa cabeleireira que toca o coração de seus clientes em um salão com um belo céu azul pintado no teto.
A Prisão no Céu traz à tona os questionamentos que qualquer pessoa teria ao ouvir falar sobre esse tema: seria seguro dar objetos cortantes a pessoas que cometeram algum tipo de crime? Assim como a primeira personagem apresentada, o leitor também tem suas dúvidas sanadas e se surpreende ao conhecer esse ambiente tão peculiar e cativante.
Ao longo da narrativa, acompanhamos as histórias de diversas personagens, sejam elas diretamente ligadas a Haru ou apenas clientes que buscam algum serviço e carregam uma motivação especial para isso. É incrível como o mangá apresenta belíssimas histórias a partir de uma proposta tão diferenciada, unindo personagens distintos que, de alguma forma, acabam se conectando ao longo da trama.
A arte de Marco Kohinata, responsável por adaptar o romance original de Mina Sakurai, é um dos grandes destaques da obra. O traço delicado e expressivo, aliado ao detalhamento dos cenários e dos objetos, traz uma leveza que combina perfeitamente com a proposta sensível e contemplativa do mangá.
A edição da JBC chega em um formato caprichado, um pouco maior que os tankos tradicionais, com capa texturizada e hot stamping em tom azulado, além de capa cartão com orelhas e um marcador de páginas de brinde.
A Prisão no Céu é mais um surpreendente lançamento da JBC. Ao final da leitura, fica fácil entender por que essa obra foi tão premiada no Japão. É o tipo de história que fala sobre conexões humanas com uma delicadeza e serenidade que encantam o leitor, proporcionando uma sensação de conforto e deixando a vontade de conhecer e acompanhar mais essas personagens. Altamente recomendado.
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