Grupo Panini estuda venda da empresa globalmente e isso pode impactar o mercado de quadrinhos no Brasil

Getting your Trinity Audio player ready...

A gigante editorial Panini está avaliando uma possível venda parcial ou total da empresa, segundo informações divulgadas pela mídia italiana e pela agência Reuters. A notícia pode provocar mudanças significativas no mercado de HQs brasileiro, onde a Panini é líder absoluta em distribuição.

Reestruturação após a morte do CEO histórico

Os acionistas da Panini contrataram o banco Citi para explorar alternativas estratégicas. A movimentação ocorre poucos meses após o falecimento de Aldo Hugo Sallustro, CEO da Panini por mais de três décadas e figura central na expansão global da marca.

Entre os potenciais compradores estão multinacionais americanas como a Topps — atualmente controlada pela Fanatics — além de grandes fundos de investimento. A reorganização acionária deve ganhar força a partir de 2026.

Disputas judiciais e perda de licenças esportivas

A Panini enfrenta uma batalha judicial com a Fanatics, após perder os direitos exclusivos de produção de cards licenciados da NBA e da NFL. A Fanatics assumiu oficialmente a licença da NBA em outubro de 2025, e a transição da NFL está prevista para 2026. A Panini acusa a concorrente de práticas anticompetitivas, enquanto a Fanatics alega interferência contratual após a saída de funcionários-chave. Os processos foram consolidados e devem se estender até 2027 ou 2028.

O que isso significa para o Brasil?

A Panini é responsável por mais da metade dos quadrinhos publicados no país. A editora detém os direitos de distribuição de títulos da Marvel, DC Comics, diversos mangás, além das revistas da Mauricio de Sousa Produções e da Disney. Uma mudança de controle pode afetar diretamente o ritmo de lançamentos, a continuidade de séries e até os formatos editoriais.

Caso a Panini mude de perfil ou deixe o mercado brasileiro, surge a dúvida: quem ocuparia esse espaço editorial tão relevante?

Figurinhas continuam sendo o carro-chefe

Globalmente, a Panini vende mais de 5 bilhões de figurinhas por ano e registrou receita de €1,9 bilhão em 2024. Com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, estima-se que o valor de mercado da empresa possa chegar a €3 bilhões ou até €4 bilhões. As figurinhas representam a maior fatia do faturamento da Panini, especialmente em anos de Copa, quando a demanda dispara. A empresa possui contrato exclusivo com a FIFA até 2030.

Quadrinhos em risco?

A possível venda levanta uma questão importante: será que um novo proprietário manteria o investimento em quadrinhos ou redirecionaria o foco para produtos mais lucrativos, como cards colecionáveis e licenças esportivas?

O mercado de HQs no Brasil pode estar diante de um ponto de virada. Ainda é cedo para prever os impactos reais, mas o cenário já abre espaço para especulações e debates entre leitores, colecionadores e editoras.

🗨️ E você, o que acha que mudaria se a Panini deixasse de publicar quadrinhos no Brasil? Comente abaixo e compartilhe esta notícia com quem acompanha o universo das HQs e mangás!


Fontes: Yahoo, Reuters

1 comentário em “Grupo Panini estuda venda da empresa globalmente e isso pode impactar o mercado de quadrinhos no Brasil”

  1. Eu acho que vendo os bons resultados da Panini Brasil a italiana deixaria as coisas como estão mesmo. Mas seria engraçado se os italianos ficassem incomodados com a falta de publicações BR e mandasse a Panini Brasil publicar mais nacionais além da Turma da Mônica!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima