MB Review: Ladras

30 de abril de 2025 Erick Willians

Getting your Trinity Audio player ready...

Tempo de Leitura 3 minutos

Uma paixão que muda tudo

Ella é uma jovem no último ano do colégio, vivendo uma rotina caótica e sem grandes perspectivas — até que tudo muda ao se apaixonar por uma aluna misteriosa chamada Madeleine. Esse encontro inesperado transforma completamente sua maneira de ver o mundo.

Um mergulho no desconhecido

Obcecada pela presença intrigante de Madeleine, Ella começa a investigá-la por conta própria, tentando descobrir tudo o que pode. Sua curiosidade culmina em um convite para uma festa que promete ser inesquecível — e de fato é. A noite é intensa, insana e repleta de sensações novas. Mas no dia seguinte, Ella acorda sem lembrar como tudo terminou.

É então que ela se depara com uma descoberta perturbadora: algo deu muito errado naquela festa. A partir desse ponto, a trama se aprofunda, explorando o impacto emocional desse acontecimento e o envolvimento crescente entre Ella e Madeleine.

Arte expressiva e narrativa visual sensível

Um dos maiores destaques de Ladras é a arte de Lucie Bryon. Claramente influenciada pelos mangás, sua linguagem visual é moderna, com quadros dinâmicos e uma narrativa fluida. A autora utiliza metáforas visuais criativas para representar sentimentos como ansiedade, insegurança e medo, ampliando o impacto emocional da história.

As personagens são construídas com camadas e ganham vida não apenas pelos diálogos, mas pelas expressões e composições gráficas que expressam mais do que palavras.

Uma estreia promissora para Lucie Bryon

Para uma primeira graphic novel, Ladras impressiona. Lucie Bryon constrói uma narrativa sólida e empática, que mergulha nos dilemas do crescimento, das relações e da sexualidade com sensibilidade. Ella e Madeleine são retratadas com profundidade, e o leitor sente suas transformações de forma orgânica e envolvente. O final deixa um gostinho de “quero mais”, sem parecer incompleto.

Edição nacional caprichada da Risco Editora

A edição brasileira publicada pela Risco Editora acerta ao lançar o quadrinho em formato grande, valorizando a arte e as cores marcantes de Bryon. Como bônus, a edição acompanha um marcador de páginas — um detalhe que os colecionadores certamente vão gostar.